O futuro das barragens da AngloGold Ashanti

nov 1, 2021 | Disposição a Seco

Há quatro anos, a AngloGold Ashanti vem trabalhando na descaracterização de todas as suas barragens. Para isso, a empresa está implementando a metodologia de filtragem do rejeito, de modo que o material seja disposto a seco, em pilhas. Serra Grande foi a primeira unidade a encerrar o envio de rejeito em polpa para a barragem. A previsão é que, em 2022, as demais unidades também alcancem esse estágio. 

Lilian dos Santos, especialista em Geotecnia, explica que, com a implementação do método de filtragem do Projeto TSF, o plano é que todos os reservatórios da AGA se transformem em pilhas secas ao longo dos próximos anos, seguindo as seguintes etapas:  

1. Estabilidade física:

é garantida com as obras de contrapilhamento, ou seja, reforço das estruturas e aumento da robustez das barragens. Em outubro, Córrego do Sítio e Cuiabá deram início a esta primeira etapa da descaracterização, para que os reservatórios sejam preenchidos posteriormente com rejeito filtrado. Serra Grande e a Planta Queiroz já concluíram esta fase. 

2. Controle hídrico:

consiste em eliminar a capacidade da barragem de armazenar água, mitigando os riscos. Com o novo método, a água retirada do rejeito na planta de filtragem passa por tratamento e é reaproveitada no processo de mineração. 

3. Estabilidade química:

garante que a barragem não será fonte poluidora, por meio de uma camada de cobertura que impede a interação do meio ambiente com o material armazenado na estrutura. 

4. Monitoramento:

após o término das operações das barragens, as estruturas serão integradas ao ambiente com a revegetação do espaço. A empresa continuará o monitoramento ambiental e geotécnico das áreas como forma de garantir que o processo de descaracterização foi efetivo.  

“Quando preparamos uma barragem para a descaracterização, melhoramos ainda mais seu fator de segurança para que ela permaneça estável ao longo do tempo, mesmo que o local não tenha mais atividades da empresa no futuro, pois assim ela não precisará do mesmo nível de gerenciamento”, complementa Lilian. Cláudio de Menezes, diretor de Projetos e Serviços Técnicos, compartilha que “temos um grande desafio pela frente, mas também o privilégio de participar dessa atividade que deixará um legado mais sustentável para nossa sociedade”.